quarta-feira, 6 de maio de 2015

Biodiversidade da arborização urbana de São Paulo


Foto: Elaine Rodrigues
A expansão urbana na cidade de São Paulo se deu sobre áreas e habitats biologicamente críticos, com alterações severas na forma da paisagem e com consequências sobre suas funções e usos (1). Essa expansão envolveu especulação em terras varzeanas, grilagem de espaços baldios, construção de marginais em terraços artificiais com quebras de funcionalidade no urbanismo urbano (2)

Foto: Elaine Rodrigues
Na cidade de São Paulo, com exceção das grandes extensões de matas presentes nas unidades de conservação do sul e do norte da cidade e de fragmentos mais íntegros dispersos principalmente pelas áreas periurbanas do município, a vegetação urbana apresenta diferentes graus de alteração fisionômica e estrutural, caracterizada pela elevada presença de espécies exóticas, retirada de material lenhoso e ornamental, uso de fogo, pisoteio, área intensamente impermeabilizada, degradação do solo, entre outros vetores de pressão.
Foto: Elaine Rodrigues

Ampliar o conhecimento sobre esses "vazios urbanos"  (3) correspondentes às praças de São Paulo é objeto de estudo da RBCV e do Instituto Florestal em parceria com a Universidade Nove de Julho, com levantamentos de biodiversidade arbórea realizado em nove praças do distrito de Santa Cecília.
Foto: André Arratia


Foram levantados os indivíduos presentes nas praças: Antonio Cândido de Camargo, Julio Prestes, Largo Santa Cecília, Marechal Deodoro, Olavo Bilac, Padre Luis Alves Siqueira Campos, Princesa Isabel, Torquato Tasso Neto e Vicente Celestino. Em uma área de 70.600 m2 foram identificados 809 indivíduos.
Foto: Elaine Rodrigues
Participam desse estudo os pesquisadores do Instituto Florestal Edgar de Luca, Elaine Rodrigues João Batista Baitello, Osny Tadeu de Aguiar e a estagiária Alessandra Silva. A Universidade Nove de Julho conta com a participação do professor Maurício Lamano Ferreira e do pós-graduando em engenharia ambiental André Arratia.

Autoria: Elaine RODRIGUES.
Referências:
(1). UNITED NATIONS HUMAN SETTLEMENTS PROGRAMME. Cities and Climate Change: Global Report on Human Settlements 2011. Earthscan, 2011.
(2). AB'SÁBER, A. N. São Paulo: ensaios entreveros. Edusp, 2004.
(3). SECRETARIA of the Convention on Biological Diversity. Cities and Biodiversity Outlook. Montreal, 2012.




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