domingo, 26 de abril de 2015

Os rios das selvas de cimento

 A Bianca, bolsista PIBIC/CNPq-IF do Ensino Médio, aluna do Programa de Jovens - Meio Ambiente e Integração Social (PJ-MAIS) em Cajamar, teve muito trabalho nesse fim de semana. Seu projeto de ciências analisa a situação de uma nascente e de parte do Ribeirão dos Cristais, no distrito de Jordanésia.
 Encravados na área urbanizada, esses rios insistem em verter água apesar dos homens, dos aterros, dos entulhos, da rala vegetação, do esgoto que é despejado em seu leito.

Foi um dia de campo bastante intenso para compreender toda essa dinâmica que transformou a paisagem e quando essa alteração se fez tão intensa.

No fim do dia, um presente que não tem preço. Insuficientes são as palavras e impossível é descrever a beleza do pôr-do-sol: presente para a alma da gente...  

Conhecer para conservar




Em um velho tronco em decomposição, um fruto de cambuci e uma plântula em crescimento: a floresta se renova e conhecer a sua estrutura é fundamental para a definição das estratégias de conservação. 
 Esse olhar norteou os trabalhos da tarde de 25 de abril. Loris Lessa, biólogo e Secretário Adjunto de Educação de Ribeirão Pires, professor Dr. Maurício Lamano Ferreira, da Universidade Nove de Julho e Elaine Rodrigues, pesquisadora e coordenadora da RBCV estiveram na área da Fazenda Bandeirantes.



As trilhas de reconhecimento tiveram o objetivo de subsidiar o planejamento da pesquisa que será realizada no local, visando a caracterização da área e as ações de manejo.





E o entardecer promoveu um espetáculo majestoso de cores, de formas e de sons da floresta - uma obra-prima da Mãe Natureza.

Mata Atlântica, áreas verdes urbanas e seus benefícios


Esse foi o tema da palestra apresentada pela coordenadora da RBCV, Elaine Rodrigues, pesquisadora do Instituto Florestal. A palestra integrou a programação da 4ª Oficina de Diagnóstico Participativo do Plano Municipal da Mata Atlântica de São Paulo (PMMA), realizada no dia 25 de abril, na Universidade Nove de Julho, Unidade Santo Amaro.

Com o objetivo de levar os participantes a refletir sobre os benefícios proporcionados pelos vazios urbanos existentes em sua região, a palestra abordou os bens materiais, os benefícios culturais, de regulação e de suporte proporcionados pelos ecossistemas locais, em uma linguagem fácil, acessível e que norteou o diagnóstico desenvolvido durante a oficina.

Quem conhece o lugar pode falar melhor sobre o que é importante para a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas. 





Essa foi a grande diretriz das Oficinas de Diagnóstico Participativo do Plano, organizadas e conduzidas pela Secretaria de Verde e Meio Ambiente como parte do processo de elaboração do PMMA de São Paulo.


A RBCV/Instituto Florestal parabeniza a toda equipe de realização das Oficinas e do PMMA pelo profissionalismo e dedicação que tem demonstrado e pela oportunidade de inserir a abordagem ecossistêmica nesse importante instrumento de planejamento e de políticas públicas.






quinta-feira, 23 de abril de 2015

As bandejas são como berçário...

"Nós produzimos nas bandejas para que as sementes tenham mais chance de germinar". "As bandejas são como berçário. Aqui elas tem um cuidado diferente, estão protegidas do sol, da chuva e de ataques de insetos". "Quando as mudas estão bastante enraizadas, nós fazemos o transplante para as hortas mandala".  As palavras de Denise (17), Aliane (16) e Lorraine (15), são exemplos de que aprenderam a lição.

As adolescentes integram as duas turmas do PJ-MAIS de Parelheiros, em um total de 22 alunos.














Guilherme, Aliane, Denise e Tais são bolsistas de Iniciação Científica do PIBIC/CNPq/IF. Mas todos os alunos do NEE participam dos projetos de ciências: "Da cor da terra"; "Palmito-juçara: uma espécie em extinção", "A floresta que temos e a floresta que queremos" e "Comer bem: produção agroecológica de hortaliças".


Os alunos da manhã realizaram plantios de mudas de palmito-juçara enquanto os alunos do período da tarde tiveram aula prática na estufa, manejando as mudas de pepino, coentro, cebolinha, alface, cenoura, beterraba e maxixe que germinaram das sementes que eles mesmos plantaram. As duas turmas tiveram aula sobre metodologia da pesquisa com a orientadora Elaine Rodrigues. Parabéns aos alunos, aos técnicos e a coordenação local pelo excelente trabalho conduzido! 

Mais ciência no PJ-MAIS

Dia 22 de abril foi dia de muita discussão e trabalho no NEE de Cajamar. Os bolsisas PIBIC/CNPq/IF do Ensino Médio mostraram que investir em juventude e ciência vale a pena.  

O Vinicius e o Gabriel estão estudando a Política Nacional de Resíduos sólidos e pretendem avaliar a percepção da população de Cajamar sobre a coleta seletiva enquanto instrumento do Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.



A Bianca está realizando um estudo minucioso sobre uma nascente e sobre o Ribeirão dos Cristais. O trecho de análise se localiza no bairro de Jordanésia. O trabalho inclui a identificação e aplicação de indicadores de caracterização e qualidade ambiental, bem como a elaboração de propostas para os problemas identificados.



O Gustavo acredita no potencial turístico de Cajamar e está inventariando os atrativos que existem na cidade. Um trabalho que exige muita concentração e sistemática!



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Biodiversidade, valores históricos e culturais: a gestação de um sonho em Ribeirão Pires


A antiga Fazenda Bandeirantes, com seus 140 hectares, guarda remanescente de Mata Atlântica: Floresta Ombrófila Densa em
estágios médio, pioneira e secundário inicial de regeneração; com espécies de flora ameaçada de extinção, como o Compomanesia phaea (Cambuci), Psidiun longipetalun (Araçá goiaba), Cedrela fissilis (Cedro Araucaria augustifolia (Araucária), Euterpe edulis (palmito-juçara) e Dicksonia sellowiana (samambaia-xaxim).

Esse tesouro encravado na Região Metropolitana de São Paulo, tem em seu entorno a Igreja do Pilar (1714) e a centenária Pedreira Santa que forneceu pedras para a construção da Catedral da Sé. 

As nascentes dos rios Tamanduateí e Guaió e seus afluentes, localizados próximo à Fazenda Bandeirantes, tornaram a área passagem obrigatória dos Bandeirantes e de todos os que se dirigiam para o Planalto de Piratininga ou passagem de Mogi a São Miguel. No local estão registradas as roças de mandioca e de criação de gado mais antigas do país datados de 1576. 


O local guarda a memória indígena e tradicional, com destaque para os nomes indígenas de rios e localidades na região, como córrego Peri-peri (Brejo de juncos) e rio Guaió (Oca perto do rio). Relatos falam da antiga aldeia indígena Piqueri, tribo Tupiniquins, no local onde foi instalado a Capela do Pilar.

A RBCV/Instituto Florestal participa dos trabalhos para a criação de unidade de conservação na área, uma ação conjunta da Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires, da Universidade Federal do ABC e da Universidade Nove de Julho.

  Fotos: Adriano Galvão

Cultura e Educação Ambiental são temas de Projetos de Ciências em Paraibuna


No dia 14 de abril, os orientadores Leni Lima e Paulo Muzio estiveram presentes no NEE Paraibuna (Instituto H&H Fauser) para mais um dia de trabalho junto aos bolsistas de Iniciação Científica Júnior do CNPq.

Isabela está pesquisando as alternativas culturais da cidade de Paraibuna. Partiu da hipótese de que seu gênero musical preferido, o Rock, não era contemplado nos eventos locais. 

Para isso, levantou o calendário de eventos realizados desde 2005 pela Fundação Cultural "Benedicto Siqueira e Silva", entidade cultural sediada em Paraibuna destinada à pesquisa e à difusão artística. Nesta visita, a bolsista seguiu tabulando os dados sobre a programação de eventos e pesquisou o histórico e estrutura da Fundação Cultural, lendo seu estatuto e escrevendo redação sobre a entidade.

O bolsista Lucas desenvolveu junto ao NEE trabalho de educação ambiental no qual aborda a questão da poluição das águas em Paraibuna. Passou pela formação do Programa de Jovens - Meio Ambiente e Integração Social (PJ-MAIS) e posteriormente foi contratado, no âmbito de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA), para realizar palestras em escolas da região. Nesse ínterim, desenvolveu materiais de apoio, como uma cartilha impressa de educação ambiental para as crianças, além de paródia musical e página em rede social. Neste momento, Lucas está sistematizando todo este processo. Já foram tabulados os dados dos questionários que aplicou junto às crianças que assistiram suas palestras. Na visita do dia 14, Lucas trabalhou a apresentação desses dados criando gráficos no Excel e exercitando a redação.

(Texto: Paulo A. Muzio) 



terça-feira, 21 de abril de 2015

O que é que Cubatão tem?

O planejamento de uma rota turística alternativa foi a temática de trabalho no NEE Cubatão no dia 13 de abril. As orientadoras Leni Lima e Natália Almeida conduziram a discussão sobre a Rota que não está no Roteiro.


 Os jovens foram convidados a pensar sobre o bairro onde residem e o seu município e identificar atrativos naturais, sociais, culturais, esportivos e gastronômicos para compor um circuito de atrações direcionadas à juventude.

A partir das discussões, o exercício possibilitou uma revalorização do local: os educandos descobriram que tem muita atividade interessante ocorrendo a todo o momento e que a sua comunidade, o seu bairro pode ser parte de um roteiro turístico envolvendo a própria especificidade do lugar. 


O organização do pensamento, a escrita, a análise do contexto e a reflexão crítica sobre o tema foram competências trabalhadas durante o exercício, assim como a postura de "ouvir",  "escutar" e  "respeitar" o outro. 









quarta-feira, 8 de abril de 2015

Trilha da Pedra Grande

No Parque Estadual da Cantareira 
O grande atrativo dessa trilha é a paisagem da cidade de São Paulo que pode ser avistada a partir da Pedra Grande, maciço rochoso situado a 1.010 metros acima do nível do mar. Considerada de alto nível de dificuldade pela sua inclinação e extensão (9,6 quilômetros, ida e volta), a trilha também chama a atenção pela proximidade proporcionada com vegetação e animais da Floresta atlântica de planalto Floresta atlântica de planalto: nomenclatura usada para designar a mata atlântica que é encontrada nas regiões de planalto do sudeste brasileiro, em que se destacam a presença de macacos bugios e de quatis.
O início da trilha está próximo da portaria do Núcleo Pedra Grande do Parque. Até a formação rochosa, de onde é possível avistar o Pico do Jaraguá, parte de Guarulhos e, em dias de céu azul, a Serra do Mar, o visitante caminha três quilômetros de estrada asfaltada. Na área do mirante há também um museu (Casa de Pedra), onde são realizadas exposições.
A partir de uma bifurcação existente após a Pedra Grande, a trilha – que passa a ter piso de terra – leva até o Lago das Carpas, onde existe um parque infantil, área para lanche e banheiros.
A Trilha da Pedra Grande é autoguiada e sinalizada durante todo o percurso. Ela também pode ser percorrida com auxílio e explicações de monitores (mediante agendamento prévio), que fornecem explicações sobre a Mata Atlântica e a importância da existência do Parque Estadual da Cantareira para a Região Metropolitana de São Paulo.
Localização: Município de São Paulo
Endereço: Rua do Horto, 1799                                                                                 
Acesso: Marginal Tietê / Av. Eng Caetano Álvares / Rua Voluntários da Pátria / Av. Santa Inês / Av. Luís Carlos Gentile de Laet / Rua do Horto
Extensão: 9,6 km (ida e volta)                                                                                
Características ambientais: Floresta atlântica de planalto
Trilha autoguiada: nos finais de semana e feriados
Trilha monitorada: de 3ª.a 6ª (exceto feriados), período letivo escolar. Pré agendamento no início do semestre.
Como agendar: na sede do Parque
Fone: (11) 2203-3266
E-mail: 
monitores.cantareira@gmail.com
Horário da trilha: das 08h00 às 16h00
Horário da Parque: das 08h00 às 17h00
Limitação de usuário: nenhum
Atrativos da trilha: Vista panorâmica de São Paulo; Bosque do Lago das Carpas e Museu (Casa de Pedra)















terça-feira, 7 de abril de 2015

Um mais um é igual a...


6 de abril foi dia de "contação" no NEE Cubatão do PJ-MAIS. Os alunos tiveram aula sobre pesquisa de opinião, com destaque para a importância da tabulação e da análise de dados.

E trabalharam de verdade! Contaram e recontaram as respostas da pesquisa de opinião  sobre o consumo de alimentos transgênicos.


Os dados já foram tabulados. O próximo passo é a análise das respostas das entrevistas, que serão realizada pelos alunos. 

Esse projeto de pesquisa é de responsabilidade da Gabrielle, da Grasiely e da Luana e envolve todos os alunos do Núcleo em diversas tarefas relacionadas à pesquisa de opinião, desde a coleta à tabulação dos dados e análise das respostas obtidas.




PMMA da Cidade de São Paulo - Oficina participativa - Região Centro-Norte


A RBCV/Instituto Florestal participou da 2ª Oficina para Elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de São Paulo, realizada no dia 28 de março. A Oficina teve como objetivo de identificar áreas importantes para a conservação e para a recuperação nas subprefeituras das regiões Centro-Norte.


Com cerca de 50 participantes, a oficina possibilitou a identificação de 66 áreas importantes para a população: Mooca (11), Vila Maria/Vila Guilherme (5), Ipiranga (16), Jabaquara/Vila Mariana (16), Sé (5), Santana/Tururuvi e Jaçanã/Tremembé (13).

As áreas identificadas foram objeto de avaliação de percepção de serviços proporcionados pelos ecossistemas para o bem-estar das pessoas. Foram avaliadas 41 áreas em termos de serviços ecossistêmicos.


Os participantes também realizaram a visualização de cenários futuros para as áreas que consideram importantes, considerando como marco o ano de 2025. Para a maioria dos grupos, a perspectiva é de uma cidade sustentável, destacando-se a renaturalização de rios urbanos , a implementação de tetos e de paredes verdes e renaturalização de áreas urbanas na área central da cidade.