quarta-feira, 22 de abril de 2015

Biodiversidade, valores históricos e culturais: a gestação de um sonho em Ribeirão Pires


A antiga Fazenda Bandeirantes, com seus 140 hectares, guarda remanescente de Mata Atlântica: Floresta Ombrófila Densa em
estágios médio, pioneira e secundário inicial de regeneração; com espécies de flora ameaçada de extinção, como o Compomanesia phaea (Cambuci), Psidiun longipetalun (Araçá goiaba), Cedrela fissilis (Cedro Araucaria augustifolia (Araucária), Euterpe edulis (palmito-juçara) e Dicksonia sellowiana (samambaia-xaxim).

Esse tesouro encravado na Região Metropolitana de São Paulo, tem em seu entorno a Igreja do Pilar (1714) e a centenária Pedreira Santa que forneceu pedras para a construção da Catedral da Sé. 

As nascentes dos rios Tamanduateí e Guaió e seus afluentes, localizados próximo à Fazenda Bandeirantes, tornaram a área passagem obrigatória dos Bandeirantes e de todos os que se dirigiam para o Planalto de Piratininga ou passagem de Mogi a São Miguel. No local estão registradas as roças de mandioca e de criação de gado mais antigas do país datados de 1576. 


O local guarda a memória indígena e tradicional, com destaque para os nomes indígenas de rios e localidades na região, como córrego Peri-peri (Brejo de juncos) e rio Guaió (Oca perto do rio). Relatos falam da antiga aldeia indígena Piqueri, tribo Tupiniquins, no local onde foi instalado a Capela do Pilar.

A RBCV/Instituto Florestal participa dos trabalhos para a criação de unidade de conservação na área, uma ação conjunta da Prefeitura Municipal de Ribeirão Pires, da Universidade Federal do ABC e da Universidade Nove de Julho.

  Fotos: Adriano Galvão

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